Criando Filhos para Deus: Flechas para o Reino, Não Troféus para Nossa Estante
"Os filhos são como flechas na mão do guerreiro." Salmo 127:4
Este texto, foi escrito por Jonas Teodosio para minha Newsletter, e reflete sobre a importância do discipulado familiar.
Você já parou para pensar no propósito de ser pai ou mãe? Deus tinha um plano quando criou a família - que ela o glorificasse e refletisse seu caráter. Porém, como sabemos, o pecado corrompeu esse projeto original, causando a expulsão da primeira família do Éden. Mesmo assim, Deus não desistiu de seu plano, e com essa família veio a promessa de que sua descendência traria reconciliação. Através do Salvador, um fio de esperança nasceria em meio ao caos.
Até hoje nossa sociedade é fundamentada por famílias, e como cristãos, temos a oportunidade de ser agentes de transformação neste mundo através do discipulado familiar. Ao criar filhos à imagem de Deus, e não apenas à nossa semelhança, podemos trazer luz em meio às trevas e construir pontes entre o mundo e os valores do Reino.
É importante entender: isso não significa que vamos ser salvadores do mundo.
O chamado é mais simples e, ao mesmo tempo, mais desafiador: estar dispostos a tomar nossa cruz e perder nossa vida para, verdadeiramente, encontrá-la. Nossos filhos nascerão naturalmente com traços semelhantes a nós — física e emocionalmente — mas espiritualmente temos a responsabilidade de conduzi-los ao novo nascimento, à imagem de Deus.
A armadilha da paternidade centrada em nós
Minha própria experiência com a paternidade veio carregada de pressupostos (Jonas). Tinha uma lista mental do que significa ser um bom pai, formada a partir do que ouvi ao longo dos anos. O problema é que percebi que esse ideal estava muito mais ligado a mim do que a Deus. Era mais sobre meu desejo de criar meus filhos à minha imagem, com meus sonhos e expectativas — uma armadilha sutil que pode nos levar à idolatria familiar.
Entendi isso claramente quando minha filha nasceu. Minha lista de expectativas incluía: uma filha obediente, respeitosa, que não me fizesse passar vergonha, um exemplo para a comunidade. Note que são qualidades admiráveis, mas percebi que minha motivação era mais vaidade do que um compromisso genuíno com o discipulado. Eram desejos bons, mas com motivações questionáveis.
"Sejam meus imitadores assim como eu sou de Cristo" 1 Coríntios 11:1
Este versículo ilumina nosso verdadeiro chamado: criar filhos à imagem de Deus, não à nossa. Nosso modelo deve ser Cristo, e nossa identidade centrada no evangelho, não em nossas próprias realizações ou reputação. As qualidades que desejamos ver em nossos filhos são boas, mas insuficientes se não estiverem alinhadas com o propósito de Deus.
Troféus ou flechas?
Filhos não são troféus para exibirmos, demonstrando o quanto somos pais extraordinários. Voltando à metáfora bíblica, filhos são como flechas — projetadas para serem lançadas além de nós, alcançando lugares que talvez nunca alcancemos. Precisamos criá-los como discípulos do evangelho, preparados para levar a mensagem das boas novas. Isso só será possível se nós, como pais, formos primeiro reflexos fiéis de Cristo.
Redefinindo o sucesso na criação dos filhos
O que seria considerado "sucesso" na criação de filhos? Não é uma lista de indicadores onde medimos e qualificamos resultados. Muitos de nós desejamos naturalmente que nossos filhos "vençam na vida" — com bons empregos, estabilidade financeira e reconhecimento social. Não é pecado desejar o bem-estar deles, mas ferramentas e conquistas nunca substituirão a ação do Espírito Santo em suas vidas.
A pergunta que precisamos nos fazer é: será que é somente isso que Deus quer? Diplomas, carreira, casa própria? Conquistas externas não são os principais marcadores de sucesso no Reino. O verdadeiro sucesso está em sermos instrumentos úteis e fiéis nas mãos do único capaz de produzir boas coisas em nossos filhos.
"Porque onde estiver teu tesouro, aí estará também teu coração." Mateus 6:21
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Prioridades que realmente importam
Valorizar o tesouro que Deus nos confiou é essencial. O tempo passa rapidamente, e muitas vezes, na luta para dar o "melhor" material aos nossos filhos, acabamos negligenciando nossa principal missão. Na ânsia de promover melhores condições financeiras, transferimos responsabilidades essenciais para terceiros — escola, igreja, outros familiares.
Sabemos que criar filhos é uma jornada complexa, mas Deus não nos daria uma missão para fracassarmos nela. Educar nossos filhos ou será a tarefa mais valiosa que empreendemos, ou não terá valor duradouro. Há distrações que podem atrapalhar esse caminho: a busca obsessiva por sucesso, transformar a família em vitrine de perfeição, colocar bens materiais acima dos relacionamentos.
A presença contínua de Deus em nossa jornada
Deus é nosso guia nessa jornada. A natureza inteira declara quem Ele é, e toda sua criação nos mostra seu poder. Não estamos sozinhos — Deus nos aperfeiçoa continuamente para que cumpramos a missão que Ele nos confiou.
Se você não está se sentindo capaz, se sente que tem falhado como pai ou mãe, tenho uma boa notícia: A GRAÇA TRANSFORMA TODA NOSSA FRAQUEZA EM FORÇA. Deus é a resposta para nossas limitações. Ele está conosco pessoalmente todos os dias, ajudando-nos a lançar a flecha no alvo certo.
Como viver isso na prática:
Graça sobre lei: Atraia seu filho com a graça e não com imposições legalistas. Fale de Deus com frequência, demonstrando seu amor e paciência.
Relacionamento sobre religiosidade: Mostre que a graça torna Deus um amigo presente, não um juiz distante.
"... e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém." Mateus 28:20
Que possamos, com a ajuda de Deus, criar filhos que sejam flechas certeiras para o Reino, não troféus para nossa própria glória.
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Está lendo a apostila de Pregação? 📓
Na última segunda-feira, disponibilizei o capítulo 3 da apostila "Guia de Pregação Bíblica: Construa sermões expositivos-temáticos". Nesta seção, abordamos a importância fundamental de realizar um estudo bíblico rigoroso e aprofundado antes de iniciar a elaboração do sermão.
Para uma interpretação adequada das Escrituras, este estudo precisa considerar três contextos essenciais de interpretação: o contexto imediato; contexto do livro; contexto histórico-cultural (pano de fundo). LEIA O CONTEÚDO AQUI.
🧠 Processando na mente
📕 O que estou lendo:
Estou revisitando este livro após a recente onda de críticas nas redes sociais. É lamentável ver tentativas de cancelamento de uma obra que traz tantas reflexões valiosas. É curioso como existe uma crescente dificuldade em exercer o discernimento crítico - a habilidade fundamental de absorver o que é construtivo e filtrar o que não agrega valor. Essa falta de habilidade gera cancelamentos injustos.
🎵 O que estou ouvindo:
Link da canção no youtube.
🎬 O que estou assistindo:
Um vídeo aleatório por aqui 😅. Embora Joelinton não tenha apresentado seu melhor desempenho nos jogos pela seleção brasileira, sua trajetória no futebol inglês revela um atleta de alta qualidade. Quem acompanha sua atuação nos gramados britânicos testemunha um jogador versátil e de alto nível técnico. É razoável defender que ele mereça novas oportunidades com a amarelinha, especialmente em um contexto tático mais estruturado, sob o comando de um técnico capaz de extrair o melhor de suas habilidades e potencial demonstrados no cenário internacional.
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Victor Romão.
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